Estresse no Trabalho: Conceito, Causas, Sintomas e Tratamentos

É comum, hoje em dia, ouvirmos relatos de pessoas que se dizem estressadas, mas nem sempre damos a devida atenção e muitas vezes há julgamentos. É preciso entender que o estresse é um distúrbio muito sério que deve receber maior atenção no sentido de ser evitado e de ser tratado.

O ambiente de trabalho é um dos cenários mais relacionados com o desenvolvimento do estresse, de forma que as empresas devem adquirir maior preocupação com esta agravante, oferecendo condições que evitem o estresse nos trabalhadores.

Continue acompanhando este artigo se você deseja conhecer mais sobre o estresse no trabalho, o que pode causá-lo, quais seus sintomas e as formas de tratamento.

O que é Estresse no Trabalho?

O estresse no trabalho pode ser entendido como uma condição de saúde caracterizada pelo impacto que ocorre no trabalhador tendo como causa deste impacto os estímulos no ambiente de trabalho.

A psicologia cognitivo-comportamental explica que os estímulos no ambiente promovem respostas no indivíduo, assim, o estresse é uma resposta inadaptada a um estímulo negativo. Estas respostas podem ser em nível psicológico e somático (no corpo).

É importante mencionar que o estresse no ambiente de trabalho pode envolver também estímulos externos, ou seja, fora dos limites da empresa, bem como estímulos da própria pessoa, que se relacionam à personalidade, ao padrão de comportamento, á predisposição a determinadas respostas, etc.

Causas do Estresse no Trabalho

As causas do estresse organizacional podem ser de teor físico ou psicossocial, mas sempre as causas são estímulos presentes no âmbito organizacional, sendo que os estímulos externos funcionam apenas como predisponentes.

As causas físicas do estresse no trabalho envolvem os seguintes estímulos estressores: iluminação inadequada, que prejudica o conforto visual ou que obriga o trabalhador a forçar a visão; poluição sonora ou presença de ruídos constantes; clima desfavorável no sentido de temperatura e umidade; a mobília desconfortável além de prejudicar fisiologicamente, também desencadeia estresse; a falta de segurança no trabalho proporciona medo e sentimento de risco constante e isso, com certeza é um fator estressante.

Os fatores psicossociais, por sua vez, consistem nos estímulos estressores relacionados aos papeis desempenhados; à forma de relacionamento entre colegas e principalmente a forma como o chefe se dirige aos funcionários; à falta de estabilidade, com risco de desligamento iminente; à percepção de injustiça; à desvalorização do trabalhador, relacionado com a falta de recompensa, atraso nos pagamentos, falta de reconhecimento. É importante que estes estímulos sejam frequentes e repetidos para que se configurem como fatores estressores.

⇒ Leia também: Como Evitar o Estresse no Trabalho.

Sintomas do Estresse no Trabalho

Os sintomas do estresse no trabalho podem ser tanto psicológicos como fisiológicos. Confira, primeiramente, os sintomas psicológicos mais comuns entre os indivíduos acometidos:

  • Tensão;
  • Irritabilidade;
  • Faltas frequentes no trabalho;
  • Retraimento social no trabalho;
  • Nervosismo;
  • Ansiedade;
  • Depressão.

Agora, confira as principais respostas físicas desencadeadas pelo estresse organizacional:

  • Dores de cabeça;
  • Cansaço extremo;
  • Queda na imunidade;
  • Dificuldade de atenção e concentração;
  • Dores musculares;
  • Disfunções gastrointestinais;
  • Disfunções cardiorrespiratórias.

Vale destacar que os sintomas psicológicos e fisiológicos não devem ser entendidos de forma separada, pois corpo e mente são instâncias integradas, de forma que todos os sintomas se apresentam também de forma integrada, correlacionada.

Consequências do Estresse no Trabalho

Além das respostas psicológicas e somáticas que o estresse no trabalho apresenta, ele também desencadeia diversas outras agravantes também psicossociais ou fisiológicas. As consequências psicológicas e sociais envolvem o isolamento social fora do trabalho, devido à depressão e à irritabilidade; desenvolvimento de dependência química; desenvolvimento de hábitos nervosos, como roer unhas, arrancar fios de cabelo; desenvolvimento de comorbidades psicopatológicas, como transtorno depressivo maior, transtorno de ansiedade, fobias, estresse pós-traumático, síndrome de burnout, etc.

As consequências fisiológicas, por sua vez, envolvem queda da imunidade, contribuindo com a aquisição de patologias infecciosas; desenvolvimento de obesidade ou agravamento do quadro; patologias gastrointestinais, como úlcera, gastrite, problema de digestão; doenças cardiovasculares; doenças autoimunes, como câncer e lúpus; perda de cabelo; doenças de pele, etc.

Tratamento do Estresse no Trabalho

Sabendo que o estresse no trabalho é uma condição de saúde prejudicada, deve ser tratada mais rapidamente possível, para que sejam evitadas as consequências. O tratamento do estresse envolve a psicoterapia e em alguns casos a administração de psicofármacos.

A psicoterapia contribui com técnicas de relaxamento gradual e respiração, bem como na amenização dos sintomas, na elaboração das emoções, no entendimento da circunstância na qual o paciente está inserido, tratamento de outros distúrbios correlacionados, como a depressão e a ansiedade.

A utilização de medicamentos consiste em administrar antidepressivos, ansiolíticos, relaxantes ou repositores hormonais. Além disso, nos casos em que se apresentam comorbidades, as mesmas também devem ser tratadas adequadamente. Enfim, não são todos os casos aos quais são recomendados tais fármacos.

Além do tratamento direto com o indivíduo, é preciso intervir na empresa, buscando melhorar as condições de trabalho e assim, prevenir novos casos de estresse no trabalho.

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